sábado, 31 de janeiro de 2009

No dia 4 de Novembro o nosso grupo teve mais uma actividade fora do âmbito escolar.
Ficou planeado e decidido, andar pelas ruas da Amadora a entrevistar as pessoas que encontrássemos e que se disponibilizassem para responder às nossas questões. Foi uma actividade divertida! Em baixo, encontrarão as perguntas realizadas e as respostas obtidas.

Sente-se seguro (a) hoje em dia nas ruas?
Que pensa da marginalidade?
Que pensa dos jovens de hoje?
Que pensa do papel dos policias hoje em dia?
Acha que eles deveriam ter mais ou menos autoridade?

As respostas às perguntas, foram todas mais ou menos idênticas, mas todas elas foram expressas de maneiras muito diferentes. Foram entrevistados, na maior parte dos casos, pessoas já de uma certa idade, outras ainda de meia-idade, e em menor numero, jovens.
À primeira pergunta, a resposta foi sempre negativa. Já ninguém se sente seguro nas ruas que se manifestam confusas e barulhentas. À segunda pergunta já houve manifestações diferentes. Os mais idosos dizem que está a piorar a cada dia que passa, outros até manifestaram sentimentos de insatisfação e desprezo pelas pessoas que tenham comportamentos em não conformidade com a lei (notou-se uma certa revolta no discurso destas pessoas). Quando se perguntou quais as possíveis razões para tal acontecimento, as raízes desta crescente criminalidade, de facto, aí houve uma grande diversidade de respostas:
O sistema político, a educação, os princípios e valores que advêm de cada um, problemas de ordem económica… Acerca do sistema político, a grande critica reside na falta de leis que se apliquem a estes casos. Sobre a educação há: a falta de acompanhamento dos pais aos seus filhos; o próprio núcleo familiar que pode ser degradado; o dia a dia dos jovens, como por exemplo o “escolherem mal” as suas companhias; não se preocuparem com o futuro, o seu desinteresse e falta de actividades sãs que preencham o tempo livre destes jovens e lhes instruam; a falta de senso da vida e do que ela custa e uma educação escolar deficiente também foi posta como possível contributo. À terceira pergunta obtive como resposta o seguinte: Os jovens de hoje, na sua grande maioria, não têm princípios; só se querem divertir e não são bem-educados, como por exemplo, a atitude de repudia que há da parte dos jovens aos mais idosos. Sobre o que a policia representa para a população, de acordo com as respostas: São como que “bonecos” que não se impõem. Pode-se concluir daqui que os organismos policiais não têm uma boa reputação perante a sociedade, mas eis aqui o que a quinta e última pergunta vem responder: Claro que deviam ter mais autoridade. Efectivamente para as pessoas, a policia é uma referência mas que não tem os apoios de que necessita para levar a bom termo a sua obrigação. Para não variar mais uma vez, o Estado é acusado como cúmplice que não apoia, pelo contrário, retira autoridade à mesma e faz com que esta perca respeito e postura na sociedade.
Como conclusões finais, as entrevistas demonstraram a decepção geral das pessoas. Inclusive houve alguém que afirmou “Não era esta a Democracia que nós queríamos, que idealizamos e sonhamos quando éramos jovens. Pretendíamos o amor ao próximo, mais fraternidade, mas cada vez há menos esses sentimentos.” A sensação de que premeiam os “maus da fita” e prejudicam os inocentes e que a sociedade não se quer comprometer, foi outra das ideias transmitidas.

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